Segundo
Eurydice (2004), a importância da avaliação das escolas decorre de duas
tendências que marcam a generalidade dos países europeus, a descentralização de
meios e a definição de objetivos nacionais e de patamares de resultados
escolares.
Atualmente,
a avaliação das organizações escolares é uma realidade inquestionável que
emerge das políticas de descentração e descentralização, seguidas por diversos
Estados, no sentido da melhoria da qualidade da educação.
Desde
então, o debate sobre a qualidade e a avaliação das escolas é prioridade máxima
nas agendas políticas dos governos, “a
qualidade da educação, das escolas e da aprendizagem tem sido a grande
preocupação educativa dos últimos anos, quer a nível internacional quer a nível
nacional” (Santos, 1997, p.161).
Os
governos e a comunidade científica reconhecem que a avaliação de escolas
constitui um dos meios privilegiados para garantir a qualidade da educação
(Azevedo, 2006), por outro, os discursos científicos e os normativos, denunciam
a ausência de uma avaliação rigorosa da qualidade da educação escolar, “apesar
dos esforços e das múltiplas determinações, a autoavaliação, enquanto
instrumento explícito da melhoria da escola, ainda não se tornou uma prática
regular e corrente nos sistemas educativos europeus” (Azevedo, 2005,
p.80).
Contudo,
hoje assiste-se a uma evolução positiva das atitudes dos vários intervenientes
do sector educativo em relação à autoavaliação das escolas e a aceitação
gradual dessa prática no seio das comunidades educativas.
Como
fatores desta mudança destacam-se, quer a pressão exercida pelos rankings das
escolas que induzem a vontade e a necessidade de cada escola explicar os resultados
obtidos, quer as implicações dos resultados da avaliação externa das escolas
nas cotas de professores avaliados com Muito Bom e Excelente, quer, ainda, a
oportunidade de poderem celebrar contratos de autonomia.
Bibliografia:
Azevedo, J. M. (2005). Avaliação das escolas: Fundamentar modelos e operacionalizar processos. In M. I., Miguéns (Dir.). Avaliação das escolas. Modelos e processos. Lisboa: Conselho Nacional de Educação, 13-99.
Azevedo, J. (2006). Avaliação
de escolas. Programa AVES. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.
Eurydice (2004). A
avaliação dos estabelecimentos de ensino à lupa. http://eacea.ec.europa.eu/ressources/eurydice/pdf/0_integral/060PT.pdf.
Fialho, I. (2009). A
qualidade de ensino e a avaliação das escolas em Portugal. Contributos para a
sua história recente. Educação. Temas e problemas – Avaliação, qualidade e
formação, 7 (4), 99-116.
Santos, M. E. B.
(1997). Qualidade das escolas. Inovação, 10, 2-3, 161
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