quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Importância da avaliação


Segundo Eurydice (2004), a importância da avaliação das escolas decorre de duas tendências que marcam a generalidade dos países europeus, a descentralização de meios e a definição de objetivos nacionais e de patamares de resultados escolares.
Atualmente, a avaliação das organizações escolares é uma realidade inquestionável que emerge das políticas de descentração e descentralização, seguidas por diversos Estados, no sentido da melhoria da qualidade da educação.
Desde então, o debate sobre a qualidade e a avaliação das escolas é prioridade máxima nas agendas políticas dos governos, “a qualidade da educação, das escolas e da aprendizagem tem sido a grande preocupação educativa dos últimos anos, quer a nível internacional quer a nível nacional” (Santos, 1997, p.161). 
Os governos e a comunidade científica reconhecem que a avaliação de escolas constitui um dos meios privilegiados para garantir a qualidade da educação (Azevedo, 2006), por outro, os discursos científicos e os normativos, denunciam a ausência de uma avaliação rigorosa da qualidade da educação escolar, “apesar dos esforços e das múltiplas determinações, a autoavaliação, enquanto instrumento explícito da melhoria da escola, ainda não se tornou uma prática regular e corrente nos sistemas educativos europeus” (Azevedo, 2005, p.80). 
Contudo, hoje assiste-se a uma evolução positiva das atitudes dos vários intervenientes do sector educativo em relação à autoavaliação das escolas e a aceitação gradual dessa prática no seio das comunidades educativas.
Como fatores desta mudança destacam-se, quer a pressão exercida pelos rankings das escolas que induzem a vontade e a necessidade de cada escola explicar os resultados obtidos, quer as implicações dos resultados da avaliação externa das escolas nas cotas de professores avaliados com Muito Bom e Excelente, quer, ainda, a oportunidade de poderem celebrar contratos de autonomia.

Bibliografia: 

Azevedo, J. M. (2005). Avaliação das escolas: Fundamentar modelos e operacionalizar processos. In M. I., Miguéns (Dir.). Avaliação das escolas. Modelos e processos. Lisboa: Conselho Nacional de Educação, 13-99.

Azevedo, J. (2006). Avaliação de escolas. Programa AVES. Vila Nova de Gaia: Fundação Manuel Leão.

Eurydice (2004). A avaliação dos estabelecimentos de ensino à lupa. http://eacea.ec.europa.eu/ressources/eurydice/pdf/0_integral/060PT.pdf.

Fialho, I. (2009). A qualidade de ensino e a avaliação das escolas em Portugal. Contributos para a sua história recente. Educação. Temas e problemas – Avaliação, qualidade e formação, 7 (4), 99-116.
Santos, M. E. B. (1997). Qualidade das escolas. Inovação, 10, 2-3, 161

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